Transformação Digital

Toda a indústria da comunicação passou por uma grande mudança nos últimos 5 anos. Aliadas às novas tecnologias, a comunicação interna, a comunicação externa, o branding, o design, o jornalismo, as relações públicas, a publicidade e propaganda, o marketing e assessoria de imprensa mudaram seus paradigmas, ferramentas, canais de comunicação e linguagem. A evolução das técnicas estreitou laços, aproximou stakeholders, diminuiu custos operacionais e tudo aquilo que era baseado em papel passou a ser digital. Quem não acompanhou as mudanças ficou de fora do mercado.

Essa transformação contínua exige investimento frequente em conhecimento. A gestão da informação é da cada vez mais estratégica, sobretudo em tempos de e-learning e Inteligência Artificial.  A indústria gráfica se reinventou e hoje aposta na grandes tiragens offset a preço baixo ou pequenas tiragens por impressão digital; as agências de comunicação, publicidade, design, assessoria de imprensa se reinventam baseadas na revolução digital promovendo conteúdo, conhecimento, gestão de relacionamento, engajamento, pertencimento e empoderamento. Depois da febre digital, o offline se firma como indispensável e todas as mídias mostram sua complementariedade: rádio, TV, jornais continuam vivos embora seus públicos hoje sejam multiplataforma. A audiência foi fragmentada nos múltiplos canais e plataformas. Surgiram novas profissões, novas formas de comunicação, a linguagem foi simplificada (por vezes empobrecida) e a individualidade do emissor/receptor da mensagem passou a ser encarada de frente já que cada pessoa deixou de ser receptor passivo e passou a poder atuar também como emissor/ debatedor. A interação passou a ser regra e item de mensuração de resultados.

Todo esse contexto que resulta em mudança de paradigmas exige aperfeiçoamento contínuo, novas estratégias, posicionamentos e ações. Quem segue “receita de bolo” começa a perceber que nesse tempo de experiência, em que o consumidor quer vivencia-la intensamente, o que vale é a ousadia e o domínio da técnica; não importa o como, que pode ser dinâmico, mas onde se quer chegar, qual resultado se quer obter: os caminhos e metodologias não são fornecidos por regras mas pela vivência, conhecimento acumulado, jogo de cintura e ousadia de propor o novo. O engessamento chegou ao fim. A maleabilidade, a escuta, a troca de ideia, experiências, saberes, o fazer colaborativo ganharam nova dimensão e importância. Atuar com essas características e peculiaridades da contemporaneidade é a chave da inovação e a garantia de estar à frente. A nova gestão também se faz colaborativa e baseada na informação, no branding, em um bom planejamento e posicionamento do negócio, em transparência, papo reto e confiabilidade.

 

Robson Fontenelle é CEO da Agência FBK e da FBK Digital,  Diretor da ABEDESIGN Minas,  professor universitário. Mestre em Literatura e Cinema, é especialista em Comunicação, Gestão Empresarial, Relacionamento com Stakeholders, Marketing e Branding. É jornalista, publicitário e designer.