Agência FBK: aqui a gente faz o que gosta!

Em Agosto de 1994, em uma das salas de aula do prédio 13, na PUC-Minas, um grupo de três formandos em jornalismo, em seu último semestre de curso, resolveram se reunir para fundar um escritório que funcionasse como um jornal cultural, agência de notícias e assessoria de imprensa. Em 24 de outubro daquele ano, dois meses depois, saia o Registro da Fábrica de Jornais. Por incrível que pareça o nome da empresa já era uma inovação: afinal nos meandres da burocracia da época, as pessoas não entendiam que Fábrica de Jornais era apenas um nome. Sim! Elas queriam saber como se chamava aquela fábrica de fazer jornais… É!… Dureza! E não é que recebemos fiscais de posturas e fiscais do meio ambiente querendo fechar a empresa porque uma fábrica não poderia funcionar em plena av. Raja Gabáglia, 1001, sala 710 porque em frente havia um hospital e a atividade comprometia a segurança do edifício? Rsrsrsrs. Até hoje suspeito que isso assustou os dois sócios fundadores que se desligaram da empresa. rsrs

E não é que essa prosódia se repetiu outras vezes na sede da Conselheiro Joaquim Caetano  e só acabou quando em 2000 o nome foi alterado para Fábrika (com K) Comunicação Integrada. O nome novo comemorava uma nova fase e a chegada de um novo sócio. Nos livramos das cobranças de sindicatos, associações e federações de indústria e das fiscalizações municipais. E ganhamos fiscalização do CONRERP. O Conselho de Relações Públicas havia encontrado um anúncio no finado catálogo telefônico da Guiatel no serviço de Comunicação. Fiscalizou alegando que comunicação era atividade privativa de RP. Me lembro que quis matar um e morrer de raiva. Quanta ignorância, cegueira e apropriação indevida as pessoas burocratas faziam de termos e palavras.  Uns acreditavam que o nome era sinonímia de indústria e outros que o sufixo seria propriedade de profissão A ou B. Foi duro viu!… rsrsrs. Mas resolveu-se tudo com o registro do profissional do sócio que passou a assinar pela responsabilidade técnica e  com o registro da empresa.

Mas rapadura é doce mas não é mole não. O nome ainda nos renderia outras dores de cabeça: 8 anos no INPI para sair o registro que foi contestado por uma produtora de filmes paulista. Sabe-se lá como, quando e porque (coisas de Brasil) em 2009 apareceu um pedido de registro que teria data anterior ao nosso. Adivinha quem era o dono do pedido??? A empresa de filmes! rsrsrs Embargos, queda de braço, homens de preto, matrix, suspeita de mala e afins, belo dia, em 2015, recebo uma notificação de indeferimento da marca. Me restava ir para a justiça depois de 7 anos de processo administrativo no INPI. Já que o sócio havia saído depois de 15 anos de parceria para ser feliz em outra área de atuação, resolvi adora a contração FBK. Era um apelido carinhoso, a maneira preguiçosa e descontraída a que nos referíamos a Fábrika entre os mais chegados: clientes, amigos, funcionários, fornecedores. Novo nome: nova marca. Novo posicionamento. Adotamos o apelido Agência FBK. Agora ao completar os 25 anos a gente tira o agência e assume: somos FBK mesmo! Sufixo Comunicação para a estratégia e o offline e Digital para o online e Inteligência Artificial. E lembra aquele serviço inicial de assessoria? Pois é! Ele agora está de volta com muita estratégia. O Design continua fazendo a diferença, afinal fomos pioneiros em aliar  design ao discurso publicitário e surfar praticamente sozinhos por anos na comunicação interna, patinho feio para as agências que só tinham olhos para as verbas de mídia. AH! Já ia me esquecendo! O Agência sai do nosso nome, vai ficar só no site porque … ai que canseira alterar domínio novamente e ter que competir com Federação de Karatê! rsrsrsr. O bom é que o nome muda com a gente. Assim como a gente muda com o tempo, o conhecimento, a maturidade, as tecnologias e a inovação. Porque aqui a gente faz o que gosta. E em uma economia dessas, não é toda empresa que sobrevive 25 anos com o mesmo CNPJ, uma visão de futuro, objetivos e ideias inovadoras, transparentes, éticas e que acredita na capacidade de transformação, superação e desenvolvimento humano.

Parafraseando a chamada de um dos melhores programas de TV que retrata através do humor o cotidiano, tá difícil competir com a realidade: mas a gente tenta!

Robson Fontenelle é jornalista, publicitário, designer, fundador e sobrevivente na história dessa crônica sobre nomes. Professor universitário, é pós graduado em gestão estratégica, Marketing e Mestre em Literatura e Cinema. Já escreveu mais. Hoje nem tanto, mas promete trazer mais causos desses 25 anos já que fotos – bem, fotos quando tudo começou ainda eram analógicas, os filmes caros e revelações pela hora da morte – só temos em grande quantidade (bota grande nisso) dos último 15 anos.  Quem sabe viram um álbum aqui no site? Ligue e vote porque o final: você decide. rsrsrsrs. Inté!